Eu fui achado por Deus!
Convidado por um amigo (esqueci o seu nome, pois depois ele pediu o seu desligamento do curso, lembro somente da sua fisionomia e onde morava) a acampar com a sua igreja em Atibaia-SP, revelei a minha impossibilidade pela escassez de dinheiro. Outro companheiro foi. Lá esse companheiro de turma se converteu, confessando a sua fé no Senhor Jesus.
Alegre, o então aluno oficial Ribeiro Leite, começara a falar: “Deus é amor”. E insistia Jesus te ama!
Passei a ter renovado os pesadelos e medos. Acordava assustado à noite. O diabo andava querendo me atrapalhar e confundir, tentando me conquistar de vez, enviou um espírita dizendo: “O espiritismo também fala de Jesus” [SABIA que eles não vivem a fé simples que o Senhor ensinou. Andam os espíritas conforme os sofismas e os devaneios dos médiuns e dos espíritos que não conhecem].
Um dia belo, estando eu livre das obrigações da academia, após jantar, fui ao alojamento (que se tornara a minha casa, de janeiro de 1988 a abril de 1991), e lá encontrei o aluno oficial (cadete) Otoni com sinais na face de quem havia a pouco chorado. Otoni, realmente havia chorado, pois estava certo que no dia seguinte, no sábado, iria ao interior do Estado de São Paulo para um retiro espiritual (ou uma atividade evangelística, não lembro ao certo) com os jovens da sua Igreja, porém foi punido com o fim de semana cassado (detido por 60 horas). Ele era o líder da mocidade. E quando pensava que estava tudo certo, em um treinamento de formatura para certa solenidade militar, um dos tenentes o punira por apenas um movimento errado desenvolvido por ele - quando não era para ele dar qualquer passo de marcha.
Mas Deus, que diz: “Aquilo que eu faço agora não saberás, saberás depois”, cumpriria tal premissa. Otoni foi usado por Deus para a minha libertação e discipulado. Em dois dias fui confortado pela presença sacrossanta do Senhor Jesus, e do Espírito Santo, pela Palavra de Deus (a Bíblia).
Quando fui ao primeiro andar do prédio antigo da Academia da Polícia Militar do Estado de São Paulo, onde encontrava-se o nosso alojamento. No corredor li um texto de Abraham Lincoln que falava sobre Cristo e sobre o Anticristo. Impulsionado pela curiosidade, perguntei no alojamento a Otoni quem era o anticristo? Ele pelo Espírito Santo de Deus passou somente a falar sobre Jesus Cristo, sua humanidade e sua divindade – nascimento, vida, morte e ressurreição. Quando falava sobre o propósito da crucificação [pois, se o grão de trigo cair na terra e não morrer, não geraria fruto. E o fruto do grão de trigo (Jesus) morto e ressurreto representa todos os crentes], e que lá na cruz Jesus dissera: “Pai a ti entrego o meu espírito”, ele me disse que Este fora ao inferno. E com a Sua forte Luz, no corpo glorioso, adentrou na gruta escura. Os demônios passaram a cair diante de sua forte irradiação, e Ele se achegara ao diabo, e o destronara, tomando de suas mãos as chaves (de que tem autoridade) da morte e do inferno. Confirmando a Palavra de Deus, dizia ele, que assevera: “Eu tenho as chaves da morte e do inferno”. E em outra passagem, disse Jesus aos seus discípulos: “É me dado todo o poder no céu e na terra. Eu estarei convosco todos os dias”. Apocalipse 1.16 e Mateus 28.18
Não quero conjeturar para onde Jesus seguiu após expirar, somente cito o que a Bíblia concretiza: “Ele entrou no céu...”. Talvez, após pregar aos espíritos em prisão (levando cativo o cativeiro. O seio de Abraão - onde os santos do V.T aguardavam a redenção - ao Paraíso), antes manietando o inimigo. [Pois somente entra na casa do valente, se primeiro manieta-lo]
Mateus 12.29 - Ou, como pode alguém entrar em casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa?
Salmos 68.18 -Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, recebeste dons para os homens, e até para os rebeldes, para que o Senhor Deus habitasse entre eles.
Efésios 4.8 - Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens.
Após ouvir que satanás estava destituído. Ele próprio procurou me afastar de conversar com o Otoni. Esse ser maligno me fez ver o meu amigo Otoni como um monstro (com cabelos levantados, pestanas grossas e face deformada). Eu fechei os olhos e abri rapidamente. E, o vi como sempre fora. Em seguida, lhe pedi para dormir. E ele assim parou de falar e aceitou o convite para dormirmos. Entretanto, eu não consegui dormir. E ele quando fora orar, o Espírito Santo lhe falou: “Toma cuidado com o Lúcio (os demônios em mim)”.
De repente, pensando eu que conseguiria dormir na cama ao lado do Otoni muito bem, pois entre as nossas havia uma outra cama livre (era final de semana) - e eu quando era criança ao passar por um pesadelo corria para a cama dos meus pais e dormia com eles tranqüilo - nesses pesadelos eu somente saía com muito esforço e paciência. Era um transe espiritual. Procurava respirar, pouco a pouco, pois já se sentia sufocado, como se o orifício de abertura da minha garganta estivesse se fechando, e ao se esforçar ele abria, e eu procurava abrir os olhos, e com certa perseverança me acordava, com uma dor no centro do crânio – não conseguindo passar do primeiro estágio do sono, fiquei possesso. Diz o Otoni, que parti para esganá-lo, ou seja, asfixiá-lo com as mãos agarradas ao pescoço, não conseguindo, pois ele segurara nos meus antebraços e usara o Nome de Jesus, ao dizer: “Satanás! eu ordeno: Saia! em Nome de Jesus!”. “Saia em Nome de Jesus!”. “Na terceira vez que repetira a mesma expressão, satanás ou os seus submissos anjos caídos (demônios) saíram, possivelmente agitando o meu corpo”. Quando dei por mim, estava abaixo do corpo do Otoni, em sua cama, imobilizado por ele. E disse-lhe; “Não fui eu”. Ele replicou: “Eu sei que não foi você”.
Sabe irmãos, antes de vir à tona (a ficar consciente), eu vi duas visões; a primeira, eu era como uma pessoa, vestida de um manto escuro, que voava da minha cama para a cama do Otoni. Na outra visão, eu me via com os meus antebraços grossos e com todas as unhas das duas mãos grandes e feias (e afiadas), momento em que lutava com alguém de mesma força e forma (nesse também só via os seus antebraços, idênticos aos meus). E ele me arranhava. Quando consciente, pensei que estava sangrando e arranhado. E não estava.
Em seguida, Deus requereu de mim um ato de fé. Quando Otoni me dissera: “Creia no Senhor Jesus Cristo, e nada de mal acontecerá contigo”. Ele me desafiou: “vou apagar as lâmpadas do alojamento”. Para quem já tinha dito que não iria tentar dormir. E que iria permanecer acordado com o Plantão de Alojamento (outro aluno oficial escalado para guarnecer o corredor de acesso aos alojamentos). Naquela circunstância entre crer no poder de Deus que acabara de me libertar, ou na força possessiva do maligno, ou melhor, na minha vulnerabilidade em ter de anos em anos pesadelos e, agora possessões. A minha mente pensou: “Será que eu nunca vou ficar livre dos pesadelos?” Eu estava precisando de uma solução, para que não tivesse mais visões arrepiantes e sonos estressantes. Daí, eu decidi antes de aceitar o apagar das luzes, convocar o Otoni para orar por mim. E ele assim o fez. Eu chorei, numa mistura de alegria, com medo e fé pequena, mas Deus me ajudou.
Apagaram-se as lâmpadas. E eu incentivado pelo Otoni, ainda com o coração batendo forte e acelerado, repreendi várias vezes o mal, dizendo; “Saí satanás em Nome de Jesus!”. Com o lençol me envolvi completamente. E Deus me concedeu o mais prazeroso sono da minha vida. Ficaram apenas aqueles momentos levemente registrados na minha mente. Foi tão agradável o sono, que logo que me acordei (possivelmente eu tenha dormido apenas de meia noite as cinco e trinta horas da manhã, pois eu iria ser fiscal de provas ao CFS/PMESP – Curso de Formação de Sargentos da Polícia Militar do Estado de São Paulo) não lembrei logo do fato, pelo contrário, senti uma brisa suave, e era como se eu dormisse com os anjos, e acordasse ouvindo o canto dos passarinhos e vendo as flores e as ervas do campo, com suas cores bonitas.
Deus deixou Otoni dois dias detidos pois sabia que eu precisaria vencer os meus medos, ainda persistentes. Eu aprendi que Jesus passara a ser o meu escudo.
Depois, na quarta-feira seguinte fui levado pelo Antonio Ribeiro Leite a Igreja Metodista do bairro do Tucuruvi, zona norte de São Paulo. E lá Deus usara um seminarista paraibano de Campina Grande (que coincidência! Eu também sendo paraibano), chamado Augusto. Esse após a ministração de um estudo sobre a diferença de corações, entre o que serve a Deus (cheio de amor, paz e purificado no Sangue de Jesus) e o que não serve (com ódio, guerras, conflitos, pecados e imundícias sexuais), ele pedira que todos permanecessem sentados como estavam, abaixassem as cabeças, dobrando os seus pescoços, e fechassem os olhos, e ao serem inquiridos por ele, deveriam responder pelo sinal de levantar as mãos, caso fossem positivas as respostas, e negativas deveriam permanecer imóveis. E ele laborou três perguntas: primeira, você já foi a uma igreja evangélica antes? Segunda, você já aceitou a Jesus no passado? e por fim, você quer fazer uma aliança com Deus hoje?, e nas três indagações, eu levantei as minhas mãos. Eu confessei publicamente o senhorio de Cristo na minha vida.
Irmãos, em 1984, eu passara no vestibular juntamente com o irmão do Tenente Jaerson, o Jackson (filho do Professor ALVES da antiga Escola Técnica Federal da Paraíba). E como ela era evangélico, e eu não, querendo ele que eu e Luiz Anselmo, e outro irmão da Igreja Assembleia de Deus de Bayeux, da Avenida Engenheiro de Carvalho, agradecesse a Deus. Nós fomos. E lá quando nos foi perguntado, quem dentre os presentes cria em Jesus Cristo como salvador, eu prontamente levantei as minhas mãos, como me aconselharam. Porém, entendo hoje, que senti uma alegria diferente, mas logo dizia no meu coração, não quero ser crente. Somente fui a Igreja Evangélica naquele dia. Para mim os crentes não sentiam prazeres na vida. O diabo estava me enganando mais uma vez!
Mais Deus é Fiel! Eu pude sentir em novembro de 1988 a maior alegria da minha vida. Que fora passar a ser FILHO DE DEUS, MORADA DO ESPÍRITO SANTO e TEMPLO DE DEUS. Sentimos o refrigério da presença de Deus, a alegria de receber o bálsamo do céu, e a saída de um grande peso e sofrimento das minhas costas e mente. GLÓRIA A DEUS!
Autor: Lúcio Domingos
TODA HONRA E TODA GLÓRIA AO SENHOR JESUS!
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
DEUS REABRIU A OBRA DO GRÊMIO EVANGÉLICO DA APMBB
Quando Jesus me libertou das garras de Satanás fui impulsionado pelo Espírito Santo, na segunda semana como novo converso, a reunir todos os cadetes evangélicos da Academia de Polícia Militar do Barro Branco, e, mesmo sendo do primeiro ano, me arriscando a ser vitimado com os trotes (aqueles que atingem a moral. Sabe?...Que obrigam o “bicho”, recém chegado, a rastejar, dançar...zombam da sua cara, etc.). E graças a Deus, usando do respeito militar e da apresentação respectiva em cada alojamento, de todos, incluindo os da turma antiga, 3º ano, a época. Consegui reunir os servos do Deus Altíssimo numa das salas de aula. Naquela época o GRÊMIO EVANGÉLICO era inexistente. E, pela graça de Deus, em Nome de Jesus, saudei a todos, e, ao convidá-los a lermos todo o SALMOS 133, disse-lhes que deveríamos ADORAR A DEUS todas as semanas, e, com a força da comida ministrada nessas reuniões, pudéssemos retirar das trevas muitos, ministrando cadete a cadete. E, Deus nessa mesma reunião levantou o CADETE da PMAM (Polícia Militar do Amazonas) BÉRGSON, hoje Tenente Coronel. E, para as reuniões subsequentes tivemos o apoio do saudoso pastor Cel Paulo de Tarso, o qual fora meu líder na Igreja Metodista de Tucuruvi, por um período de muitas e boas recordações.
Com esse pequeno testemunho, quero incentivar a todos os militares, policiais e operadores de segurança do nosso país, a proclamar o evangelho vivendo em koinonia (comunhão). Assim como as bênçãos para os casados são oriundas da boa relação familiar, assim, também, NÃO PODE HAVER BENÇÃOS DENTRO DAS DIVERSAS CORPORAÇÕES FORA DA UNIDADE.
|
Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.
|